segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Cinco meses com direito a Hospital



21 de Setembro

Hoje a Luísa faz cinco meses. Cinco meses que a minha Apressada já tem! O tempo passa mesmo muito rápido e têm sido tão bons estes meses de mimo com a minha bebé. No começo nem tudo foram rosas, mas o que lá vai, lá vai.

Mas para começarmos bem o dia para hoje tínhamos marcado um exame no Hospital. Como a Luísa esteve internada na Neo e Pediatria 22 dias e devido também à infeção que teve, para além do habitual rastreio auditivo que se faz a todos os bebés poucos dias depois de nascerem, já sabíamos que teríamos de voltar ao Hospital para um exame chamado potencial evocados auditivos.

Não vou negar que ia nervosa. Primeiro porque ainda que esperando o melhor, uma mãe vai para estes exames sempre a temer o pior. Depois porque o exame exigia uma série de requisitos para puder ser realizado e eu estava com medo que não conseguíssemos, nomeadamente adormecer a Luísa. Claro que também a isto não ajudou nada encontrar uma senhora na sala de espera – daquelas que mete conversa com toda a gente e em cinco minutos é capaz de contar a vida toda – que disse que a filha dela também teve de fazer este exame e que teve de ir ao Porto fazê-lo com anestesia, porque nunca a conseguia adormecer e ela começava a arrancar os elétrodos. Obrigadinha, minha senhora! Não basta uma pessoa não saber bem para o que vai e ainda tem de levar com as más experiências dos outros.

Sim, porque isto de chamarem a um exame potencial evocados auditivos é muito bonito, mas para quem não percebe nada de otorrinolaringologia é a mesma coisa que não nos dizerem nada.
Quando entramos no gabinete, a médica explicou que este era mais um exame auditivo e começou a colar os elétrodos na testa, bochechas e atrás das orelhas da minha Apressada, que estava a achar estranhos aqueles acessórios, mas a portar-se lindamente.
O bonito foi conseguir adormece-la. É certo que a levantamos antes da hora habitual – o exame era às 08h30 – já para potenciar mais soninho, mas a minha Apressada que anda sempre de antenas no ar a observar tudo não queria dormir. Queria era olhar para a luz do computador, para as médicas, observar o consultório.

Dei-lhe o peito e ainda um bocado de biberão e ela foi ficando mais relaxada. Teve então de entrar o pai em ação para a adormecer. Primeiro sentada, depois de pé e no final enfiamo-la no ovo. Não sei precisar, mas diria que estivemos uns 20 ou 30 minutos para a adormecer. Enquanto isso ouvíamos um bebé a chorar no corredor que não estava a ajudar em nada à nossa causa.

Com a Luísa a dormir lá conseguimos iniciar o exame (ufa! Afastei de vez a história da senhora da sala de espera), que ainda demora uns belos minutos e além dos elétrodos ainda lhe foram colocados uns mini auscultadores nos ouvidos.
Resultado: tudo bem com a nossa Apressada. Os ouvidinhos funcionam bem e já podemos riscar isto da nossa lista de preocupações.

O pior foi tirar toda aquela parafernália de fios… Os elétrodos são “colados” à pele e para os tirar foi um custo. Nunca tínhamos visto a nossa Luísa chorar assim, a não ser quando tinham de lhe mudar o cateter quando esteve internada (e eu nem quero lembrar-me desses choros).

Chorou tanto, mas tanto, com lágrimas gordas a caírem em cascata e nós a sofrer por ela. Teve logo direito a muito mimo e quando vinha a sair do consultório já se vinha a rir. Mesmo assim, hoje vai ser dia de mimo para a minha menina esquecer os chatos dos elétrodos, até porque hoje é o dia dela e merece toda a atenção.

Cinco mesinhos and counting.

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